NOTA DE APOIO E SOLIDARIEDADE
No dia 22 de novembro de 2024 ocorreu o I Seminário: Diagnóstico de Empregabilidade de Travestis e Transsexuais na Região Metropolitana de Belém, realizado pelo Grupo de Resistência de Travestis e Transsexuais da Amazônia – GRETTA no Auditório do Ministério Público Federal – MPF, e em sua programação incluía a apresentação cultural da Artista Spindola Brotero.
Durante o evento, idealizado e realizado pela GRETTA, na performance da Artista Trans Spindola Brotero, um servidor terceirizado, que prestava apoio técnico, gravou e divulgou em suas redes sociais um vídeo da sua apresentação, sem o conhecimento da artista. É necessário destacar que a Arte Drag é um dos principais espaços que garantem a empregabilidade das pessoas LGBTQIA+, tema central do seminário, sendo muita das vezes a única fonte de renda das pessoas trans e travestis, principalmente.
Esse ato resultou em mais manifestações de conteúdo transfóbico nas mídias sociais com falas vexatórias que incentivam a criminalização da arte LGBTQIA+ e ameaçam os direitos da artista. De forma a intensificar a perseguição, figuras públicas também republicaram o vídeo com posicionamentos transfóbicos que deslegitimam o seu trabalho como artista LGBTQIA+.
Diante disso, o Conselho Estadual de Diversidade Sexual – CEDS declara solidariedade a artista Spindola Brotero, vítima dos ataques discriminatórios e transfóbicos, a GRETTA - grupo que realizou o evento, a todas pessoas trans e travestis e todos os artistas LGBTQIA+ que vivenciam diversas formas de discriminações diariamente.
O CEDS se disponibiliza para o acompanhamento do caso a partir da mobilização da rede de proteção a vítima junto aos trâmites jurídicos necessários, como também, reconhecendo as medidas realizadas pelos Ministério Público Federal, nos disponibilizando para o maior alinhamento e diálogo sobre a temática.
Reconhecemos a importância histórica da cena artística enquanto ferramenta política para a luta e resistência da população LGBTQIA+ e seguiremos nos posicionando contra qualquer tipo de discriminação sofrida.
Confira aqui também a nota nacional do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa LGBTQIA+ sobre o caso:
NOTA DE APOIO E SOLIDARIEDADE DO MINISTÉRIO DOS DIREITOS HUMANOS E DA CIDADANIA
CONSELHO ESTADUAL DE DIVERSIDADE SEXUAL